O primeiro carro popular da montadora do Brasil, se destaca pelo seu design e itens de série.
Mas o HB20 tenta não ser mais um. O design do hatch, feito para o Brasil e que levou 3 anos para ser desenvolvido, conta com as linhas fluidas que lhe dão nome e faz o olho deslizar pelo carro.
As lanternas nada convencionais na traseira, mais robusta, e a linha de cintura alta nas laterais dão um ar moderno. Na frente, ele adota uma grade que mistura a de Elantra e Sonata (em forma de asa) com o do i30 (hexagonal).
A Hyundai caprichou mais nos itens de série do que seus concorrentes. Deixou de fora os freios ABS, que serão obrigatórios aos carros novos a partir de 2014, mas, no HB20, só aparecem em configurações superiores. São equipamentos de série (presentes em todas as versões): ar-condicionado, airbag duplo frontal (motorista e passageiro), computador de bordo, abertura interna da tampa de combustível, regulagem de altura no banco do motorista, espelhos no para-sol e vidros verdes.
Na versão 1.6, motorização definida como o foco da marca neste lançamento. O bloco de 16 válvulas desenvolve 128 cavalos de potência a 6.000 rpm, sendo o mais potente entre os principais concorrentes. O torque máximo é de 16,5 kgfm a 5.000 rpm (os números são com o carro abastecido com álcool).
A versão inicial, Comfort (R$ 36.995), tem ABS com EBD. A seguinte, Comfort Plus (R$ 38.995), inclui vidros elétricos dianteiros e traseiros, desembaçador, aviso de abertura de portas, acabamento em tecido nas portas dianteiras e chave-canivete. O sistema de áudio é opcional em ambas, e sai por R$ 950.
A configuração Premium chamou a atenção pelo conforto e o acabamento - na versão topo de linha, a manopla do câmbio e o volante são revestidos em couro e a direção, ainda que seja hidráulica, se mostra tão leve que dá a sensação de ser elétrica. Ela sai por R$ 44.995 (há a opção com transmissão automática, por R$ 47.995).
O bloco 1.0 12V tem 80 cv a 6.200 rpm, o que também o coloca como mais potente diante dos concorrentes, é o mesmo que equipa o Picanto, da "irmã" Kia. O torque máximo é de 10,2 kgfm a 4.500 rpm (com etanol). Segundo a Hyundai, 85% do torque está disponível já na casa dos 2.000 rpm, ou seja, em baixas velocidades, como as que predominam na cidade
Na estrada ele também se mostra valente -perde força, claro, nas subidas, mas vai bem na velocidade máxima das rodovias. O som na cabine produzido por esse três cilindros é bem diferente do que faz o 1.6, mas também não incomoda. O câmbio, no entanto, é um pouco menos animador: pede um tempo a mais para se acostumar aos engates, que parecem mais precisos no bloco de maior potência.
(Artur Paranayba )